Um modelo não é só um modelo
Um modelo matemático, um algoritmo, tem em seu corpo um punhado de equações e código. Porém, para ser um bom modelo, ele deve ter psicologia, filosofia, economia, finanças em sua essência.
Um modelo é, necessariamente, uma simplificação da realidade. A realidade é complexa, multifacetada, infinita, ambígua, enquanto o modelo precisa ser claro, funcional e compreensível, capaz de transformar a complexidade em algo manejável por seres humanos.
O verdadeiro desafio está em capturar a essência do problema!
De todas as restrições possíveis, quais são as que descrevem o problema? De todas as funções objetivo possíveis, qual realmente será efetiva quando aplicada à realidade? E de todas as variáveis disponíveis, quais são aquelas sobre as quais temos ação de fato?
Um bom modelo deve ser tão simples quanto possível, mas jamais tão simples a ponto de perder a utilidade. Ele precisa ser prático, econômico e rápido, pois ninguém pode esperar por resultados que demorem além do necessário. Deve ser algo que um ser humano consiga usar sem se perder em dados excessivos ou em cenários intermináveis.
Deve ter utilidade na prática, afinal, parafraseando o Heitor Sasaki, “estudo sem prática = entretenimento “.
Quem domina a arte da modelagem nunca será substiuído por um robô. O problema é formular o problema, não resolver o problema.
Porque um modelo, para ser bom, tem que ser escrito com sangue, e lido com a alma!
Nota: Tirei a foto do “Homem feito de equações” abaixo no MIT. O nome da escultura é “O Alquimista”.
Originally published at http://ideiasesquecidas.com on February 22, 2025.