Sobre correntes invisíveis e pontes no rio da vida
Um texto que escrevi há alguns anos, sobre um homem que se liberta de correntes invisíveis, cria asas, e percebe que todas as pessoas estão presas à correntes diversas, continua recebendo comentários positivos, mesmo depois de todo este tempo.
O texto original está no link:
https://ideiasesquecidas.com/2017/05/01/o-novo-homem-voador/
Hoje, quero citar três referências correlatas.
1) Na obra Stardust, de Neil Gaiman, a personagem está amarrada a fios invisíveis.
2) Os grilhões de Gandhi
“Quando um homem resolve que não será mais um escravo, seus grilhões cairão, e ele se libertará. Liberdade e Escravidão são estados mentais” — Mahatma Gandhi
3) Nietzsche escreve que a vida é como atravessar um grande e forte rio. Há pontes que podem te ajudar a chegar do outro lado, só que as pontes cobram um preço terrível: a sua alma.
“Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida — ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o!”
No tradicional estilo do filósofo, ele escreve que cabe a nós criar a nossa própria ponte.
Eu vejo que nem todo mundo é tão forte assim para atravessar um rio a nado ou criar uma ponte. São escolhas, cada qual com seus custos.
Portanto, o tema de escravidão mental não é novo. De qualquer forma, fico feliz que ideias que expus neste espaço continuem a causar reflexão nas pessoas, porque, no final das contas, é este o legado que interessa.
Originally published at https://ideiasesquecidas.com on January 7, 2024.