“Que se dane, não é problema meu!”
Há algumas semanas, eu estava no escritório, correndo atrás para negociar o escopo de um projeto (extremamente) mal desenhado.
Trabalhos assim, em empresas grandes, envolvem vários atores, cada qual responsável por um pedaço — com interseções e/ou hiatos de responsabilidade.
Fui falar com um dos envolvidos, cuja resposta foi algo como: “Eu cuido só da prestação de contas, a parte técnica é sua”.
É difícil descrever em palavras a linguagem corporal da pessoa. As palmas da mãos para cima, formando uma barreira. O corpo recuado para trás, como se eu fosse uma ameaça.

Ora, eu estava lá tentando resolver um problema além do meu escopo, com a postura de “vamos resolver mesmo não sendo meu problema”, para ouvir um “se vira que isso não é problema meu”.
Um problema real nunca vai vir redondo, bonitinho. Sempre vamos ter que correr atrás de arestas mal aparadas e problemas que transcendem a nossa atuação.
Não à toa, os trabalhos que toco costumam funcionar de verdade, numa taxa de sucesso superior a das pessoas como do exemplo acima.
Prefira sempre a postura de resolver problemas, mesmo extrapolando o seu escopo — com proatividade, dedicação e muito respeito aos demais envolvidos.
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