O tesouro da pinhata

Arnaldo Gunzi
2 min readMay 8, 2022

Quando eu tinha uns 7 anos, eu estava numa festinha de aniversário de algum colega.

O ápice da festinha era uma pinhata. Não uma pinhata de verdade, uma imitação, um balão enorme cheio de doces a ser explodido. Chamaram todas as crianças para ficar debaixo da pinhata. Lembro que estava todo mundo ansioso, tentando pegar o melhor lugar.

Eu nem sabia o que era aquilo e nem o que as outras crianças estavam fazendo, por isso, fiquei longe do centro. Quando o adulto explodiu o balão, vi que as crianças se agacharam, a fim de pegar os doces. Eu até tentei ir na onda, porém, estava pessimamente posicionado, e não havia espaço para entrar na muvuca.

Parei para observar ao redor, ver se não havia nenhuma bala que tinha voado longe. Para a minha surpresa, o fundo do balão tinha caído pelas redondezas, e tinha sido ignorado pelas crianças. O fundo do balão estava cheio de doces — por esses se acumularem no fundo — mais ou menos como o da foto a seguir.

Se eu tentasse fazer como todos, ficaria em desvantagem — por ser menor, mais fraco, menos informado. A minha sorte e sagacidade foi parar, analisar os arredores e pensar — um verdadeiro OODA loop, décadas antes de eu conhecer o conceito.

Portanto, não vá com a onda. Observe, oriente, decida e aja!

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Arnaldo Gunzi

Project Manager - Advanced Analytics, AI and Quantum Computing. Sensei of Analytics.