O Mulá Nasrudin sobre gerações futuras e diplomas de Harvard
As histórias do Mulá Nasrudin são divertidas, mas ao mesmo tempo fazem a gente pensar. Seguem mais algumas.
Essa geração está perdida
Um transeunte, numa conversa com o Mulá Nasrudin, discorria:
- A geração atual é realmente muito ruim, nem se compara à geração anterior. Eles são mimados, molengas e se comportam de forma pior do que há tempos atrás.
Da qual, Nasrudin respondeu:
- É claro. Os jovens da geração anterior éramos nós!
(Uma boa dica para os casados)
Nasrudin estava lendo cópias de cartas antigas à esposa.
Um amigo passou e perguntou:
- Você faz isso para evitar se repetir?
Nasrudin respondeu:
- Na verdade, não. Faço isso para evitar me contradizer!
Preocupações
O barbeiro perguntou a Nasrudin, “Como você perdeu o seu cabelo?”
“Preocupação”, respondeu o Mulá.
“Preocupação com o que, exatamente?”, perguntou o barbeiro.
“Em perder o cabelo”, respondeu Nasrudin.
A fileira perdida
Após o intervalo na apresentação do teatro, o Mulá Nasrudin e sua esposa estavam voltando aos seus lugares.
“Eu pisei no seu pé quando estávamos saindo?”, o Mulá perguntou a um homem no início da fileira.
“Certamente sim”, respondeu o mesmo, esperando um pedido de desculpas.
Nasrudin virou para a esposa: “Querida, a nossa fileira é essa mesmo”.
O doutor e seus diplomas
Quando jovem, o Mulá Nasrudin trabalhava atravessando pessoas por um rio, com o seu pequeno e velho bote.
Um dia, um homem de alta classe apareceu para ser transportado. Conversa vai, conversa vem, e o aristocrata soltou o seguinte comentário:
- Tenho doutorado no MIT e especialização em Harvard. Sei falar 5 línguas e já viajei por todos os continentes. Tenho um emprego público vitalício. Se quiser ser alguém na vida, estude, garoto. O que você sabe fazer?
- Você sabe nadar, doutô? — retrucou Nasrudin.
- Não, nunca aprendi. Por quê?
- Porque este bote velho está furado, e vai afundar daqui a pouco. Já vou indo, tchau!
Veja também:
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