O homem de negócios do Pequeno Príncipe

Arnaldo Gunzi
2 min readMay 20, 2024

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O Pequeno Príncipe é um livro fantástico, cheio de provocações: leia-o aos 10 anos e você terá uma impressão, aos 20 anos, outra, aos 30, outra, e assim sucessivamente.

Um trecho que eu não dava atenção no passado, mas agora dou, é o do “homem de negócios”, que tem as seguintes linhas gerais:

Um dos planetas visitados pelo Pequeno Príncipe era o do homem de negócios. Um homem que vivia ocupado, sem tempo para nada. Ele contava as estrelas e fazia cálculos inúmeros. Quinze e sete, vinte e dois. Vinte e dois e seis, vinte e oito. Ufa! São pois quinhentos e um milhões, seiscentos e vinte e dois mil, setecentos e trinta e um.

“Quinhentos milhões do quê?” perguntou o Pequeno Príncipe.

“De estrelas.” Ele se orgulhava de possuir as estrelas. Era rico. Com a riqueza, poderia comprar outras estrelas, em movimentos ousados no mercado, além de impressionar os outros.

“O que faz com tantos milhões de estrelas?” perguntou o Pequeno Príncipe.

Nada. Ele apenas gostava de possuí-las.

Daí, ele escreveu o número num papelzinho e trancou o papel a chave numa gaveta.

Extremamente ocupado, o homem voltou ao trabalho, pois agora tinha outro setor a contar e um EBITDA a entregar!

“As pessoas grandes são mesmo extraordinárias,” repetia o Pequeno Príncipe no percurso da viagem.

Originally published at https://ideiasesquecidas.com on May 20, 2024.

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Written by Arnaldo Gunzi

Project Manager - Advanced Analytics, AI and Quantum Computing. Sensei of Analytics.

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