Dopamina, a molécula do mais
Algumas notas sobre o livro “Dopamina, a molécula do mais”. O tema é esta molécula bastante importante para a nossa vida.
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A Dopamina é um neurotransmissor que influi no nosso comportamento. É a molécula da surpresa, do futuro, que nos faz querer mais.
A Dopamina é obcecada por nos manter vivos: reproduzir, comer, acumular qualquer coisa que vai nos ajudar a sobreviver.
Já outros neurotransmissores como oxitocina e endorfina são moléculas do presente.
Quando a expectativa vira verdade, a dopamina perde o efeito. A dopamina é o que nos faz querer, ir atrás, só do que é novo. Sabe aquele livro velho na sua estante? Zero dopamina.
O futuro não existe, é ilusão.
A mente faz uma espécie de cálculo Expectativa x Realidade. Se a realidade for menos do que a expectativa, frustração. Se for mais do que a expectativa, alegria.
Drogas e vício sequestram o circuito de recompensas. É como um míssil de dopamina. Age de forma semelhante a vícios como em comida e sexo.
O círculo vicioso de querer mais e mais faz com que os hábitos vão mudando aos poucos. Um exemplo é beber. Uma pessoa pode adquirir o hábito de beber mais, daí vai ficar mais tempo em casa para beber, economizar para beber, e assim sucessivamente.
O vício é como o peso de elefante. O viciado sente que a droga é preferível à família, comida, abrigo, porque a dopamina representa a sobrevivência.
No caso de comida, por exemplo, há circuito no cérebro para contrabalancear o efeito do desejo. No caso de drogas, não tem esse mecanismo, o que piora o círculo vicioso.
Porque Lance Armstrong se drogou, mesmo após vencer 7 vezes o Tour de France? Uma forma de explicar é através da dopamina. Justamente por vencer tanto, ele só ficaria satisfeito se continuasse vencendo. É a perseguição que interessa. É pior perder depois de vencer, do que perder sem nunca ter vencido.
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Originally published at https://ideiasesquecidas.com on August 4, 2021.