Críticas sobre as Críticas da Teoria da Reflexidade
A Teoria da Reflexidade, proposta pelo investidor George Soros, diz, em essência, que eu influencio o mundo, e o mundo me influencia. As nossas crenças moldam nossa percepção da realidade, e a realidade influencia e reforça nossas crenças, criando um ciclo dinâmico e interdependente.
Para maior detalhamento, vide link a seguir: Teoria da Reflexidade.

As principais críticas sobre a teoria:
- Assimetria. Um problema é que influência é assimétrica: o mundo é enorme, enquanto eu tenho limites. O mundo sempre funcionou, funciona e vai funcionar sem a minha pessoa. Enquanto a influência do mundo sobre mim é enorme, a minha influência no mundo é minúscula.
- É um framework abstrato. Não há métricas objetivas — por exemplo, quanto estou influenciando no mundo? É muito subjetivo. Qualquer coisa, funcione ou não, pode se encaixar na teoria.
- Dificuldade de aplicação prática. Pela subjetividade descrita acima, fica difícil traçar claramente um plano efetivo, específico e mensurável.
- Não científico. Não tem estudo, testes, nada, é uma teoria defendida pela prática de vida de Soros.
- Implicações éticas questionáveis. Como qualquer pensamento se encaixa na teoria, posso colocar o meu viés ideológico na parte do “eu influencio o mundo”.
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Agora, vamos fazer críticas sobre as críticas.
George Soros está pouco se lixando para as críticas. Ele é um homem pragmático, que realmente vive a própria teoria. Não interessa se é científica ou não, o que interessa é funcionar.
A maioria de nós não vive a Teoria da Reflexidade. A maioria de nós não aplica o stop loss, quando o mundo diz que estamos errados. E também a maioria de nós não acredita que pode mudar o mundo.

Soros diz, no livro “A Alquimia das Finanças”, que o segredo não é fazer previsões corretas, e nem que a teoria dele vai ajudar a fazer previsões. O que ele faz é muita tentativa e erro, incluindo julgamentos objetivos e subjetivos, ficando com a parte que funciona e descartando o que não funciona.
Nassim Taleb, no livro “Fooled by Randomness”, descreve Soros como um homem paradoxal, cheio de atitudes contraditórias.
Um vez, Soros estava jogando tênis com um amigo, e contou porque achava que haveria uma grande queda na bolsa de Nova Iorque na semana seguinte. Ele citou argumentos detalhados, com muitos raciocínios abstratos que o amigo não conseguiu entender.
Na semana seguinte, a bolsa subiu fortemente.
No outro domingo do tênis, o amigo perguntou se a subida da bolsa o tinha afetado.
Soros respondeu: “Fiz uma grana alta. Estava desconfortável com a posição que tinha assumido. Mudei de ideia”.
Soros é capaz de colocar uma grande verba sob responsabilidade de alguém e na semana seguinte simplesmente abortar a iniciativa e demitir a pessoa. Tomar um posição extremamente crítica para depois apoiar veementemente. É a parte da realidade mudar seu julgamento.
Sobre o “ser pequeno demais para mudar o mundo”, ele diria que é justamente por pensar que é pequeno que você é pequeno. Reflexividade total. Ele certamente não se acha pequeno demais para mudar o mundo.
Um exemplo disso é ele usar a própria teoria para viés ideológico. É o maior doador da campanha do partido Democrata dos EUA, além de enorme patrocinador de causas que acredita. Estando certo ou errado, é um homem forte, que não está nem um pouco preocupado em “ser pequeno demais para mudar o mundo” ou com críticas. A Teoria da Reflexidade funciona… pelo menos, para ele.
Obs. Estou testando a IA Gemini desta vez, para testar. Esta se recusou a fazer a caricatura de Soros, por não querer propagar vieses, ofender alguém, sei lá o que. E também poliu parte do texto, como o “se lixando”, para não ofender ninguém. Tive que abandonar essa porcaria de IA e escrever no braço mesmo. Os ofendidos que se mudem. E usei outra engine para fazer a caricatura.
Entrevista de Soros no Roda Vida: